São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Respeitável público, Piolim está de volta

BEATRIZ BRISOLA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em homenagem ao Dia Nacional do Circo e ao centenário de nascimento do palhaço Piolim, a ABED (Associação Brasileira dos Empresários de Diversões), na qual se reúne a classe circense, prepara apresentações que acontecem de hoje a segunda-feira, no Parque da Água Branca.
Para completar a festa, o grupo Parlapatões, Patifes & Paspalhões estréia, no Sesc Pompéia, "Piolim", comédia musical circense sobre a vida do palhaço.
O texto é de Perito Moreno e foi vencedor do prêmio Estímulo da Secretaria de Cultura em 1994.
Na história, Piolim morre, vai para o céu e lá funda o "Circo Celestial Piolim". Este é o pano de fundo para a versão poética dos fatos verídicos que se passaram.
"Para nós, é uma honra", comenta Hugo Possolo, 34, que interpreta o palhaço. "Não apenas pela homenagem a Piolim mas também ao circo, que é uma arte indevidamente desvalorizada e marginalizada", completa.
Um dos aspectos mais enfocados é a relação de Piolim com a geração de artistas modernistas da Semana de Arte de 22 (veja texto abaixo).
Além da pesquisa feita pelo autor, os Parlapatões também se esforçaram para fazer as reprises da forma mais original possível -reprise é o nome que se deu às esquetes que se perpetuam por meio da tradição oral e se repetem sempre nas apresentações.
Um caso é o do "Idílio dos Pássaros", número de Piolim que a peça retoma. São dois palhaços, vestidos de pássaros, namorando. Para fazê-lo, o Parlapatões, Patifes & Paspalhões foi atrás do velho mestre circense Maranhão, que havia sido professor de circo de Piolim, a única pessoa habilitada a construir o apito tradicional.
Fizeram questão também de conhecer a família de Chicharrão, rival de Piolim, e pesquisar roupas com o palhaço Pururuca.
O grupo pensa até em fazer uma exposição com todo o material recolhido.

Peça: Piolim
Com: Parlapatões, Patifes & Paspalhões
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 864-8544)
Quando: de quinta a sábado, às 21h; domingo, às 20h
Quanto: ingressos gratuitos na primeira semana (retirar com um dia de antecedência na bilheteria); depois, R$ 10 (R$ 5 para comerciários)

Texto Anterior: Disney rejeitou idéia de filme
Próximo Texto: Aniversário originou a data
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.