São Paulo, sábado, 29 de março de 1997 |
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Consumidores são disputados em SP
CLÁUDIO EUGÊNIO
Os moradores da favela do Buraco Quente, na zona sul da cidade, têm acesso aos serviços da Multicanal e da TVA. Sem nenhum desconto no preço da assinatura, eles podem escolher entre os dois serviços oferecidos. Robson Dalmo Silva, 19, é assinante da TVA há quatro meses. Divide o pagamento da mensalidade, de R$ 49, com mais dois irmãos. Esporte "O que eu mais gosto de assistir são os programas de esporte. Muitos jogos de futebol que não são transmitidos pela 'TV comum' passam ao vivo na TVA. Os jogos internacionais também são muito bons", afirma Robson. Ele mora com a mãe e mais cinco irmãos no barraco. A renda per capita da família é R$ 286. Robson estudou até a sexta série do primeiro grau e trabalha como auxiliar de padeiro, com salário de R$ 240. "A mensalidade não fica cara para nós, dividimos em três, e cada um entra com R$ 13 mais ou menos. Além disso, a imagem é muito boa, posso ver vários filmes e esportes depois que chego do trabalho", diz ele. Alexandre Annenberg, diretor-geral da TVA, diz que já foi tomada a decisão de levar a TV por assinatura para os públicos C e D. "O objetivo é atingir todas as faixas de público. A formação de pacotes diferenciados deve proporcionar o acesso a todas as faixas de consumidor", diz Annenberg. Ana Maria Gemignani Silva, gerente de marketing da Globosat, que fornece programas para a Net e a Multicanal, diz que a idéia é viabilizar o acesso a todas as camadas da população. "As TVs por assinatura passam a ser acessíveis às classes C, D e E. As pessoas que querem evoluir culturalmente, independente da condição social, são os maiores interessados", afirma Silva. Ela diz que o esporte e os filmes são os principais fatores de atração para os novos consumidores. Texto Anterior: Futebol atrai os moradores Índice |
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