São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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sem medo de cachorro?

DEBORAH GIANNINI

Pode ser um dobermann ou um "enérgico" fox paulistinha. Quem tem medo de cachorro sempre quer saber se ele está preso, se morde e chega até a atravessar a rua quando vê um vira-lata solto.
Vencer esse medo traz benefícios até para a saúde. Segundo a psicóloga Elaine Cristina da Cunha, o cachorro ajuda no tratamento de hipertensão e ansiedade, e oferece companhia nos momentos de solidão. "O medo mobiliza o organismo diante de um objeto ameaçador", diz. Para combatê-lo, é preciso reconhecer o objeto do medo e descobrir as causas.
Antes de se aproximar de um cão, a pessoa deve observar os sinais de amizade -orelhas abaixadas, cauda em movimento e focinho farejante- ou de "perigo" -olhar fixo e posição de alerta. "Não se deve invadir o território do cão na ausência do dono ou brincar em momentos de refeição", afirma.
Outro opção é conviver com filhotes. Depois que ganhou um akita de três meses, a estudante Márcia Cerdeira, 16, está perdendo o medo. "Hoje não saio mais correndo, mas também não passo a mão em um cachorro desconhecido", diz.
Para Hannelore Fuchs, psicóloga especializada em comportamento animal, esse medo é positivo, pois há animais com pré-disposição a agressividade.

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