São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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Happy end

CIDA SANTOS

Final feliz e merecido na Superliga Masculina para a turma do Report/Suzano, agora tricampeã brasileira. O time jogou nesta temporada como uma verdadeira máquina. Os números não mentem: 30 jogos, 29 vitórias, apenas 1 derrota e exatamente 107 dias sem saber o que é perder.
Mas afinal o que o Report/Suzano tem? Max, o dono da camisa 10 da equipe, tem dito e repetido que o levantador Marcelinho está iluminado. É verdade. O menino, que vai ter agora sua primeira chance na seleção, foi o melhor levantador da competição. Esbanjou ousadia e talento pelas quadras.
Mas o que chamou também a atenção no Suzano foi a harmonia do time: todas as peças desempenhando bem o seu papel. No meio da rede, uma legião estrangeira no paredão: Olikhver e Ivie. Janelson perfeito no passe. Giovane, de volta aos bons tempos, rápido e atacando de todas as posições. E Max, um atacante totalmente demais. Só ontem, ele marcou 14 dos 45 pontos do Suzano. Quase um set sozinho.
Méritos também para o técnico Ricardo Navajas. Exigente, aquele tipo que pega mesmo no pé do atleta, ele tem provado que seus métodos dão resultados. Nestes anos 90, ninguém no Brasil conseguiu melhores resultados do que ele no vôlei masculino de clubes. Nos últimos cinco anos, ele trocou várias vezes de jogadores e, mesmo assim, sempre chegou ao pódio: foram três títulos e dois vice-campeonatos brasileiros.
O Banespa também apresentou um time surpreendente e com grandes revelações nesta temporada. Maior exemplo foi a entrada ontem em quadra de Ricardo Roim, o jogador mais alto do vôlei brasileiro, com 21 anos e 2,10 m, e que tinha uma carreira atormentada por contusões. O técnico Zé Roberto investiu nesse atleta com treinamentos específicos e certamente está formando mais um grande atacante.

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