São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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Dog Eat Dog vem aí

JOSÉ NORBERTO FLESCH
DA FT

O Dog Eat Dog é mais uma banda do rock alternativo que vem desbravar os palcos brasileiros. O grupo americano fará uma série de shows em abril. Em São Paulo, a apresentação será no dia 17 de abril, no Tom Brasil.
O sexteto surgiu em New Jersey (EUA) no ano de 1989. O som do Dog Eat Dog é punk com hip hop. As guitarras dividem as atenções com os metais. Todo mundo está experimentando esta mistura. Mas o Dog Eat Dog é o que fez melhor, até agora. Uma das provas chama-se "Play Games", disco lançado no Brasil pela Roadrunner.
Por telefone, da Grécia, onde o grupo fez três shows na semana passada, o vocalista John Connor, 27, conversou com o Folhateen.
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Folha - O nome Dog Eat Dog é alguma homenagem ao AC/DC?
John Connor - Não exatamente. "Dog Eat Dog" é o título de uma música do AC/DC que nós gostamos muito, mas achamos que era um bom nome e usamos.
Folha - No CD "Play Games" há agradecimentos especiais a Igor Cavalera e Joe Strummer.
Connor - Igor é um cara que nós encontramos na Inglaterra e que ficou nosso amigo. Ele deu uma força para a gente e colocar seu nome no CD foi uma pequena forma de agradecer por isso. No caso de Joe (Strummer), nós também o conhecemos mas o fato é que sempre foi um ídolo para nós.
Folha - Que acha das novas bandas de punk rock?
Connor - Há muita diferença entre o punk dos anos 70 e o de agora, assim como o mundo está diferente. Não acho que se deva comparar. Você pode gostar ou não, mas o julgamento deve ser feito banda por banda, caso a caso, independente da época.
Folha - Que sabe sobre o Brasil?
Connor - Estamos ansiosos para tocar aí. Temos vários amigos que já visitaram o Brasil e voltaram dizendo que é maravilhoso.
Folha - No final do ano passado, Sean Kilkenny (guitarrista do Dog Eat Dog) disse que vocês viviam exclusivamente do que ganhavam na banda e que recebiam em média US$ 200 por show, nos EUA, e por volta de US$ 2.000 quando tocavam na Europa, onde ganharam prêmio da MTV. Como é agora?
Connor - Desde 1995 vivemos com o que ganhamos na banda. Gastamos nosso tempo e energia com o Dog Eat Dog. Não daria para ter outro trabalho nem que quiséssemos. É que ainda não fomos bem promovidos nos EUA.
Folha - O que espera da turnê americana com o No Doubt?
Connor - Eles estão nas paradas agora e será nossa grande chance de ficarmos conhecidos nos EUA. Espero que também existam fãs do Dog Eat Dog no Brasil.

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