São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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Galerista visa jovem cliente

DA REPORTAGEM LOCAL

O galerista, que de bobo não tem nada, está de olho nesse jovem consumidor.
"É um tipo de público que me interessa muito, pois são emergentes, assim como os artistas com quem trabalho", disse Ricardo Trevisan.
O galerista acredita que o jovem comprador também pensa em investimento, mas demonstra sua preferência por aqueles que acompanham os movimentos da cena artística e compram por prazer. "É o tipo de cliente mais bacana."
Segundo Marcantonio Vilaça, o jovem comprador se identifica com a obra e "está a fim de ter uma fruição estética".
"Eles não compram muito e sabem que comprar arte não é tão difícil. Muitas vezes uma boa obra pode custar pouco mais que um pôster emoldurado. Uma boa gravura pode até custar menos", disse o Vilaça.
O galerista carioca Thomas Cohn acredita que o jovem comprador até pensa em investimento, mas a decisão final não é financeira. "É um álibi para um desejo de liberdade. Eu mesmo, que sou galerista, sempre comprei artistas invendáveis", afirmou.
Já para Regina Boni, seu cliente ainda pensa em arte como investimento. "Hoje faz falta a figura do colecionador, que cedeu aos investidores", disse.
Crediário
O mercado de arte atua com as mesmas formas de pagamento que o comércio em geral: abrem crediário, parcelam em cheques, dão descontos, fazem liquidações.
A divisão em dez parcelas, por exemplo, uma tradição de fim de ano da galeria São Paulo, pode ser conseguida também durante o ano. Basta pedir.
Desde que foi inaugurada, em 1992, a Camargo Vilaça também parcela em dez vezes, mas com o valor convertido em dólar.

Galerias: Camargo Vilaça: tel. 011/210-7390;
Casa Triângulo: tel. 011/220-5910;
Luisa Strina: tel. 011/280-2471;
São Paulo: tel. 011/852-8855;
Thomas Cohn: tel. 021/287-9992

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