São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997
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Prisão deve ser prorrogada hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

A prisão temporária dos dez policiais militares envolvidos nas blitze da favela Naval deve ser decretada hoje pelo juiz-corregedor do Tribunal de Justiça Militar, Paulo Roberto Marafanti.
O pedido de decretação de prisão vai ser encaminhado ao juiz hoje. Ele é assinado pelos promotores José Carlos Guillem Blat, de Diadema, e Fernando Barone Nucci, da Justiça Militar.
Ele está relacionado ao Inquérito Policial Militar que apura a morte do conferente Mário José Josino, ocorrida no dia 7 de março em uma das blitze.
Os policiais estão presos administrativamente e incomunicáveis desde a quarta-feira passada na sede do 2º Batalhão de Choque, na Luz (região central). A prisão administrativa tem validade de quatro dias úteis. Seu prazo legal termina hoje.
Buscas
No mesmo dia em que os policiais foram presos, a Justiça Militar expediu dez mandados de busca e apreensão para que fossem revistadas as casas dos policiais envolvidos. O objetivo era encontrar as armas usadas na morte de Josino e na tentativa de assassinato cometida pelos policiais contra outra vítima das blitze.
Segundo o Ministério Público, além dos inquéritos de tentativa de homicídios e de homicídios, deverão ser abertos outros por lesão corporal, extorsão e os PMs poderão ser acusados de formação de quadrilha.

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