São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997
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Argentina quer limitar o poder isolado dos BCs

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo argentino espera iniciar negociações com o Brasil, no âmbito do Mercosul, sobre harmonização de regras para o setor financeiro e a limitação do poder dos bancos centrais da região de tomar decisões sem consultar os demais parceiros.
A Argentina pretende que seus produtos de exportação para o Brasil tenham acesso a um novo mecanismo de financiamento. Isso significaria excluí-los das normas fixadas na última semana por meio da circular 2.747 do Banco Central e da MP (medida provisória) 1.569 -sem alterar tais textos.
Essas medidas restringem e encarecem as importações financiadas. As compras externas com crédito de até 360 dias terão de ser pagas quando a mercadoria chegar ao país.
"Não questionamos a medida brasileira", afirmou o embaixador da Argentina no Brasil, Diego Guellar. "Mas consideramos a possibilidade de haver outro sistema de financiamento das importações provenientes do Mercosul."
Segundo Guellar, as novas regras devem afetar 65% das exportações argentinas destinadas ao Brasil e, particularmente, os embarques de pequenas e médias empresas.
A preocupação do governo brasileiro é que a adoção de um sistema só para o Mercosul seja entendido como exceção à regra.
Balança
O governo brasileiro fecha hoje os resultados da balança comercial de março. A estimativa é que o déficit alcance US$ 1 bilhão -no mesmo mês de 1996, o saldo negativo foi de US$ 17,96 milhões.
Se confirmado, o déficit no trimestre chegará a US$ 3 bilhões.

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