São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997
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HSBC pretende reabrir agências fechadas

JOSÉ FERNANDO DA SILVA
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O presidente do HSBC Bamerindus, o britânico Michael Geoghegan, afirmou ontem, em Curitiba (PR), que pretende reabrir as 87 agências que foram fechadas durante a crise que levou à intervenção do BC e abrir novas 129, concentradas principalmente no eixo Rio-São Paulo.
Geoghegan esteve ontem em Curitiba, onde se reuniu com os acionistas da Seguradora Bamerindus e fez corpo-a-corpo junto a correntistas na agência Avenida (onde fica a sede do banco), a fim de tranquilizar os clientes.
Ele conversou em espanhol e inglês com alguns clientes na fila. "Todo cliente é, potencialmente, um milionário", disse.
Geoghegan disse ter acompanhado os dados estatísticos do número de telefonemas dados ao serviço 0800 do banco. "Foram mais de 5.000 ligações, inclusive de pessoas que pretendem reabrir suas contas no banco", afirmou.
Ele também acompanhou as contas do banco, contabilizando R$ 2 milhões de saldo positivo até as 12h. "Entrou mais dinheiro do que saiu", comentou.
O presidente do HSBC Bamerindus elogiou a qualidade profissional dos funcionários do banco e disse que a diretoria deveria continuar a mesma.
Ele disse estar em busca de um executivo brasileiro para assumir a vice-presidência da instituição.
O prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PDT), recebeu na tarde de ontem a visita de Geoghegan.
O prefeito de Curitiba disse ao presidente do HSBC Bamerindus que a prefeitura vai continuar recolhendo impostos e pagando funcionários pelo banco.
Rio e São Paulo
O britânico disse que vai intensificar as atividades do banco no eixo Rio-São Paulo. "Nós queremos o banco com o mesmo número de agências (1.371) de 1995", disse Geoghegan.
A meta do HSBC Bamerindus é chegar o mais rápido possível a 1.500 agências. Segundo dados do Sindicato dos Bancários de Curitiba, o banco possui hoje 1.284 agências.
Geoghegan reafirmou que a sede do Bamerindus vai ficar mesmo em Curitiba, por causa das vantagens oferecidas pela cidade na área de telecomunicações.
Disse, porém, que os negócios do banco ficarão, num primeiro momento, concentrados nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. "Há um espaço muito grande no Rio de Janeiro e em São Paulo para correntistas, principalmente pessoas físicas", afirmou.
O gerente da agência Avenida, Roberto Fylyk, disse que estava sentindo muita tranquilidade nos clientes. "Eu estou muito confiante como funcionário", disse.

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