São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997
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Report implanta gestão empresarial

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Report/Suzano vai se transformar numa "equipe-empresa".
A partir da temporada 97/98, a equipe, que conquistou anteontem o tricampeonato da Superliga masculina, será administrada pelo seu patrocinador, a Companhia Suzano de Papel e Celulose.
O Report segue o mesmo caminho trilhado anteriormente pelo Olympikus, de Campinas, que também aderiu ao sistema de administração profissional.
"O modelo ainda não está completamente definido, mas deve ser diferente do adotado pelo pessoal da Olympikus", diz Ênio Ribeiro, diretor de marketing da Report. No Olympikus, por exemplo, os atletas são registrados como jogadores de vôlei.
Pela proposta do Report, será contratado um gerente para administrar a equipe. Ele será responsável pelos assuntos relacionados à comissão técnica e jogadores.
A outro grupo caberá a definição sobre a participação da equipe em eventos e torneios e o apoio e conquista de co-patrocinadores.
"Como a nossa marca é veiculada em outros países, podemos ter ações voltadas para o Mercosul (acordo de comércio que reúne países da América do Sul). O Olympikus pode ser uma equipe contra a qual nos apresentaríamos no exterior em amistosos."
Essas tarefas administrativas hoje são desempenhadas por uma tríade formada por um representante da empresa, um da prefeitura e o técnico Ricardo Navajas.
Dividindo despesas
A equipe, que estive ameaçada de encerrar suas atividades, continuará tendo o apoio financeiro e logístico da prefeitura local.
Em 96/97, os gastos foram de R$ 2 milhões, bancados igualmente por prefeitura e patrocinador.
"Neste ano, os gastos serão menores. O mercado estava superestimado por causa da Olimpíada. Ainda assim, queremos manter a mesma equipe base", diz Ribeiro.
"Nós daremos uma parcela em dinheiro e a estrutura. Mas o valor ainda não foi definido", afirma Francisco Quadra Andrés, secretário de Finanças de Suzano.
Ameaçado
Quem também luta para permanecer em atividade é o Banespa, vice-campeão do torneio nacional.
Sob intervenção há dois anos, o banco paulista que mantém a equipe precisa reduzir em 20% suas despesas, o que pode afetar a continuidade do projeto de vôlei.
"Nós fizemos uma proposta para que se mantenha o time. A decisão agora cabe os interventores do Banco Central", diz Manuel Viriatto Vianna, diretor de marketing do Banespa.
(JAD)

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