São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997 |
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Agora só dá para remediar o fato, diz Covas
ANDRÉ LOZANO
"É impossível dizer que esse episódio nunca vai se repetir. Não deve servir como desculpa, mas vemos coisas assim até em outros países. Essa coisa (divulgação das imagens da violência) atinge o governo como um todo e a mim, em particular. Não abro mão desse tipo de responsabilidade", afirmou. "A única coisa que dá para fazer, agora que aconteceu o fato, é tentar remediá-lo, impedindo que a impunidade estimule quem quer que seja a fazer um ato como esse", disse Covas. O governador considerou as cenas "constrangedoras" e "deploráveis". "As cenas são profundamente constrangedoras. Portanto, eu quero declarar que deploro profundamente (as cenas) e me desculpo com o povo de São Paulo pelo acontecido." O governador, que estava acompanhado pelo secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, e pelo comandante-geral da PM, coronel Claudionor Lisboa, disse que seus dois subordinados "cumpriram suas obrigações". "Vou manter os dois em seus cargos", afirmou Covas. As três autoridades afirmaram que só tomaram conhecimento do vídeo com as cenas de violência anteontem à tarde, embora, segundo o governador, a fita já fosse de conhecimento do Comando de Policiamento do ABC, desde o último dia 26. "Os fatos divulgados na fita revoltam não só os cidadãos, como o comando da PM", disse o coronel Lisboa. Mário Covas disse não saber quem filmou as cenas da violência policial. "Não faz diferença saber quem fez as imagens. Não é preciso buscar quem filmou para condenar o ato", disse o governador. Covas disse que não haverá, no momento, nenhuma alteração no sistema de formação de policiais. "Os atos irregulares são punidos com vigor. Em 95, tivemos 130 PMs presos em flagrante. Em 96, foram 49. Este ano, 12. A Polícia Civil já expulsou 255 policiais no meu governo", declarou Covas. Texto Anterior: REPERCUSSÃO Próximo Texto: Assembléia pode ter CPI Índice |
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