São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997 |
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Vizinho tem superávit com o Brasil
DENISE CHRISPIM MARIN
A questão é a balança comercial de cada país. No Brasil, as medidas tomadas para estimular as exportações em 96 não trouxeram resultados até agora. A previsão -oficialmente repudiada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, é de déficit de US$ 12 bilhões neste ano. No país vizinho, o Ministério da Economia estima que a balança comercial feche com superávit de cerca de US$ 2 bilhões -isso se o governo brasileiro permitir. O temor do Ministério da Economia é ver suas estimativas estragadas pelas medidas de restrição ao crédito às importações. A perspectiva é que elas afetem 65% das vendas da Argentina ao Brasil. Em 1995, o superávit de US$ 1,547 bilhão no comércio bilateral com o Brasil deu fôlego ao país vizinho, que enfrentava crise no seu mercado financeiro e aumento no déficit fiscal. No ano passado, a conta continuou favorável aos argentinos, que exportaram principalmente trigo, alimentos industrializados, têxteis, petróleo e gás. O Brasil contabilizou déficit de US$ 1,026 bilhão no comércio com a Argentina apenas de janeiro a setembro. No total, a Argentina exportou ao Brasil US$ 6,5 bilhões durante todo o ano passado -fato que deu mais fôlego nas contas externas do país e garantiu aumento nas escalas de produção da indústria local. Uma análise dos números do comércio entre os dois países mostra que os argentinos venderam para o Brasil o equivalente a 27,6% de sua pauta de exportações. Texto Anterior: Brasil e Argentina chegam a um acordo Próximo Texto: Regras não vão mudar, diz Lampreia Índice |
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