São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Farah nega temer ação
MARCELO DAMATO
"Não sabia que tinha esse poder. Mas se o Araçatuba depender de uma autorização minha para jogar, eu a dou." Ele deu mostras de desconhecer o texto do artigo 30 da lei 6.354/76. "Isso o que você está lendo (a íntegra do artigo) está errado. A lei dá passe livre nesse caso", argumentou. Não existe na legislação brasileira, entretanto, regra que dê passe livre a jogador com especificamente três meses de salário em atraso. Farah chegou a dizer que "a Justiça comum não pode determinar suspensão de clube. Isso não tem lógica. É uma bobagem." Farah acrescentou que não teme uma ação na Justiça. "A federação não tem nada a ver com isso. É uma briga entre o Araçatuba e o Neto, de quem, aliás, eu gosto muito." Punição O presidente da FPF até contestou a eficácia da ameaça de suspensão como pressão para os clubes pagarem suas dívidas. "Tá cheio de clube suspenso. São mais de 20 clubes fechados e, deles, nenhum jogador recebeu aquilo a que tinha direito." Ele reconheceu, porém, que o Araçatuba tem débitos -e muitos. "A cada jogo do Araçatuba, aparecem 20 oficiais de Justiça querendo penhorar a renda. Mas eu só posso tomar uma atitude administrativa se houver dívida com o INSS." O dirigente afirmou que, num jogo do Botafogo, de Ribeirão Preto, a renda foi confiscada pela Justiça. "Eles não podiam fazer isso, a renda é da federação, mas fizeram." O presidente da FPF finalizou dizendo que para cumprir a lei ele precisa de decisão judicial. "A lei não é uma coisa automática. Tem que haver um processo." (MD) Texto Anterior: Neto decide levar federação à Justiça Próximo Texto: Prefeita destina R$ 600 mil ao Araçatuba Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |