São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novo livro de Jorge Amado recoloca 'Boris' na 'geladeira'

Romance chamará 'A Apostila Universal de Água Brusca'

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O novo romance que Jorge Amado, 84, está escrevendo -"A Apostila Universal de Água Brusca"- colocou na "geladeira" um antigo projeto do autor baiano, a finalização de "Boris, o Vermelho".
A mulher de Amado, a escritora Zélia Gattai, 80, disse anteontem que gostou do início de "A Apostila Universal de Água Brusca".
"O livro começou bem e colocou Boris na geladeira." Segundo Gattai, Jorge Amado já recomeçou e interrompeu "Boris, o Vermelho" muitas vezes. "Ele (Jorge Amado) tem toda a história na cabeça e precisa apenas colocá-la no papel."
Festa de lançamento
Na noite de anteontem, Jorge Amado participou do lançamento do terceiro número dos "Cadernos de Literatura Brasileira".
A festa, realizada na Fundação Casa de Jorge Amado (centro histórico de Salvador), reuniu cerca de 500 pessoas, entre escritores, artistas, intelectuais e convidados especiais.
Editado pelo Instituto Moreira Salles, o livro de 164 páginas faz uma radiografia da obra de Amado. "Gostei muito do livro", disse o escritor baiano.
Além de dados sobre a vida de Jorge Amado desde o nascimento, "Cadernos da Literatura Brasileira" traz também fotografias, textos, bilhetes e cartas recebidas pelo autor.
Entre os escritores que assinam os textos sobre a obra de Jorge Amado estão Mário Vargas Llosa e Darcy Ribeiro.
Alguns bilhetes enviados ao escritor baiano são assinados por Pablo Neruda, Otto Lara Resende e Mário de Andrade. "Este livro é uma fonte imprescindível de pesquisa para os estudiosos da obra de Jorge Amado", disse o presidente da Fundação Casa de Jorge Amado, Germano Tabacoff.
Segundo ele, a Fundação Casa de Jorge Amado atrai pesquisadores de todo o mundo.
"A partir de agora ficou mais fácil estudar a obra do maior escritor brasileiro." O próximo número de "Cadernos de Literatura Brasileira" deve fazer uma homenagem à escritora Rachel de Queiroz.

Texto Anterior: Livro transforma Lévi-Strauss em crítico de arte
Próximo Texto: Branagh se desnuda em "Hamlet"
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.