São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997
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Knesset aprova lei a favor de ortodoxos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Parlamento de Israel aprovou ontem em primeiro turno um projeto de lei que oficializa o monopólio dos judeus ortodoxos na realização de conversões, casamentos ou divórcios.
O texto proíbe judeus conservadores ou reformistas de conduzirem essas cerimônias. Setores liberais disseram que o projeto é uma declaração de guerra religiosa.
Defensores do projeto, pertencentes à maioria parlamentar que dá sustentação ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, acreditam que o texto será aprovado com facilidade em segundo e terceiro turnos, o que é necessário para que entre em vigor.
O projeto será submetido antes a uma comissão parlamentar criada especialmente para redigir uma versão mais amena, que cause menos protestos dos setores conservadores e reformistas.
O texto foi apresentado pelo partido ortodoxo Shass, da coalizão governamental, e aprovado por 51 votos a favor, 43 contra e 7 abstenções. O Parlamento (Knesset) tem 120 cadeiras.
As conversões religiosas realizadas pelos ortodoxos são mais rigorosas. O procedimento pode durar dois anos. O candidato à conversão deve provar que respeita em sua vida diária a lei judaica.
Os conservadores e reformistas representam a maioria na comunidade judaica norte-americana, por exemplo, mas são minoritários em Israel.

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