São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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Ranking leva atletas e time a 'barganha'

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O novo ranqueamento dos jogadores de vôlei favorece o poder de barganha dos clubes na negociação com os atletas.
O ranking da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) estabelece pontos de 1 a 7 para os jogadores, baseado no desempenho durante os torneios. Cada equipe pode somar até 30 pontos.
Na lista de ranqueados, divulgada ontem e válida para a Superliga 97/98, constam 58 jogadores, contra 36 da temporada passada.
O artigo 7 da resolução da entidade estabelece que os atletas que subiram no ranking mas que vierem a permanecer na atual equipe mantêm a pontuação anterior. Exemplo: Janelson, do Report/Suzano, subiu de três para cinco pontos. Se renovar no Report, soma apenas três pontos. Se for para outro time, vale cinco.
"Fica mais fácil negociar com os jogadores. Mas eles também têm a garantia de assegurar uma estabilidade", diz Ênio Ribeiro, diretor de marketing da Report, patrocinadora da equipe de Suzano.
"Não diria que vá facilitar a vida do clube. É bom para os dois. Os clubes vão saber recompensar o atleta que se destacou", diz Montanaro, gerente do Banespa.
"Vai diminuir a rotatividade de jogador. Eles vão ter que negociar com valores mais reais. Só temo que acabe sobrando jogador no mercado.", diz Jorge Schmidt, do Ulbra-Diadora.
Outra novidade é o limite de até três pontos para atletas acima de 32 anos. O grande beneficiado acabou sendo atacante Carlão, 32, da seleção brasileira, que disputou a Superliga pelo Chapecó (caiu de sete para três pontos).
"Agora, tem um Carlão no mercado e vai começar a corrida. Quem não gostaria de ter um jogador como ele?", disse Jorge Cunha, supervisor do Ulbra-Diadora.

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