São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997 |
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Casamento festeja ministeriáveis
CARLOS EDUARDO ALVES
Os cerca de mil convidados que compareceram anteontem à noite na Sociedade Hípica Paulista (zona sul de São Paulo) ouviram ecos da comemoração do PMDB. "O presidente já sabe o que a bancada da Câmara quer e parece que o Eliseu e o Aloysio vão ser ministros", disse o líder Geddel Vieira Lima (BA). Aloysio já sentia o gosto de ser ministro. De longe, foi o mais cumprimentado. Vestiu o figurino do novo cargo. "O Ministério da Justiça não dá voto, mas dá prazer", brincou. O gaúcho Padilha, provável novo ministro dos Transportes, foi apresentado a empresários e peemedebistas paulistas. Discreto, não falou como ministro, mas não negou sorrisos ao ouvir dos colegas que a nomeação sairá na próxima semana, depois da votação da reforma administrativa. Motta No dia da festa da bancada peemedebista, que tem hoje em Temer seu interlocutor junto ao governo dos amigos tucanos, correu forte o rumor de troca de desaforos entre o anfitrião e o ministro Sérgio Motta (Comunicações). Oficialmente, Temer chegou a desmentir o fato, mas alguns de seus convidados confirmaram o desentendimento. Motta, é lógico, não foi à festa de Temer. "Jamais permitiria que se destratasse a Câmara", afirmou Temer quando perguntado como seria sua reação se, eventualmente, Motta reclamasse dos deputados em termos deselegantes. Presidente da Câmara, Temer reuniu boa parte da Casa na noite de Padilha e Aloysio. Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), Benito Gama (PFL-BA) e José Aníbal (PSDB-SP), entre outros, circularam no meio de peemedebistas palacianos e alguns estranhos no ninho, como o ex-governador Orestes Quércia. A complicada situação do PMDB paulista, dividido entre as alas de Quércia e do ministro Luiz Carlos Santos, não impediu, por exemplo, que o deputado governista Alberto Goldman dividisse mesa com o ex-deputado estadual Antônio Carlos Mesquita, um dos últimos fiéis a Quércia. Convidado pela família do noivo, o advogado Fernando Castello Branco, o casal Chico Anysio e Zélia Cardoso de Mello foi alvo de curiosidade. Algumas mães repreenderam crianças que queriam autógrafo do humorista. Texto Anterior: Temer barra Motta no comando político Próximo Texto: Peemedebistas fazem Quércia amargar isolamento Índice |
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