São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997 |
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Qual futebol?
JUCA KFOURI Zagallo elogia Juninho porque o jogador entendeu que o um do esquema 4-3-1-2 tem de voltar para marcar, coisa que Djalminha ainda não sabe fazer.E critica Denílson, por individualismo. E não faz nem sequer um elogio público ao inesquecível drible do baixinho Romário, símbolo de nossa melhor molecagem. Sei não, mas parece que gostamos de esportes diferentes. * Ou a Argentina acaba com Passarella ou Passarella, que também gosta de outro esporte, acaba com a Argentina. * Além da bela partida corintiana no Mineirão, o povo pôde ver que Taffarel está bem mesmo e que Márcio Santos já está, outra vez, no ponto. * A demissão do Grupo de Apoio à Presidência mostra apenas duas faces da mesma moeda -chamada amadorismo. De um lado, um vice-presidente de futebol (José Mansur) incapaz de se submeter a trabalhar em equipe. Do outro (quatro mosqueteiros demissionários), a constatação de que o trabalho por amor pode até frutificar (e como!, no caso), mas não perdura. Uma lástima! * A modernização do futebol é uma estrada longa e repleta de obstáculos. * Ao receber a camisa alvinegra com a marca do Excel, o presidente FHC impôs a condição de que as fotos feitas pelo patrocinador não fossem distribuídas à imprensa. E justificou: "É que o Serra me mata". O senador José Serra, como se sabe, é palmeirense. E a foto ficou restrita ao escritório de Ezequiel Nasser, dono do Excel. * Não há o que criticar na atitude da Parmalat pelo convite, agora frustrado, a Telê Santana. Foi um ato de generosidade e que poderia ter significado a motivação que o técnico precisava para sair da depressão em que estava. E, além disso, Márcio Araújo deu conta do recado, tanto que o Palmeiras lidera invicto o Estadual e já está na quartas-de-final da Copa do Brasil. * O Flamengo feriu o espírito da Copa do Brasil, já em fase final, ao mandar seus reservas para o Acre. A graça da Copa passa pela possibilidade de os centros menores verem, uma vez por ano que seja, os times maiores. É improvável, mas será engraçadíssimo se o Rio Branco desclassificar o rubro-negro. Texto Anterior: Técnica quer seguir passos dos homens Próximo Texto: São Paulo pessimista tenta reabilitação no Morumbi Índice |
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