São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Empregos ligados à produção escasseiam

DA REPORTAGEM LOCAL

Se a sociedade está cada vez mais voltada para o consumo, a oferta de empregos na ponta da produção é segmentada. Profissões ligadas ao setor metalúrgico e à fabricação de máquinas estão entre as que mais perderam vagas em 1996.
O mesmo vale para empregados na indústria têxtil e trabalhadores agrícolas qualificados, chefes intermediários e gerentes.
No caso das ocupações na indústria, a eliminação de vagas está ligada à competição com produtos importados e à dificuldade de exportar da indústria brasileira.
Porém setores industriais voltados ao consumo de massa, como os de alimentos industrializados, calçados e eletrônicos, foram grandes geradores de empregos.
O setor de serviços dá as indicações dos hábitos cotidianos dos brasileiros: há cada vez mais vagas para porteiros e faxineiros de prédios residenciais, garçons, cozinheiros e cobradores de ônibus.
As vagas refletem tipos de comportamento. Numa sociedade crescentemente urbana e preocupada com a violência, é preferível morar em prédios. Aumentam as cidades e as distâncias que seus moradores percorrem para trabalhar. Assim, cresce a demanda por transporte e alimentação na rua.
Com a informatização, bancos cortam vagas de caixas e escriturários. O fim da inflação também fez outra vítima: os economistas.

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