São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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'Estrutura está segura'

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O empresário Antonio Galvão, 72, dono da Civilsan na época em que o Morumbi foi construído, afirma que sua construtora "seguiu rigorosamente" o projeto estrutural do estádio.
"Essa história de dizer que usamos menos aço do que o previsto está equivocada. A estrutura está superdimensionada sob todos os pontos de vista", afirma.
Segundo ele, o arquiteto Gastão Rachou fiscalizava o cumprimento do projeto de arquitetura de Vilanova Artigas, não as obras estruturais do estádio.
Galvão afirma que não estavam previstas no projeto original as barras horizontais nos blocos que sustentam as arquibancadas.
"O Morumbi é o estádio mais seguro do Brasil, talvez do mundo. Nunca um estádio foi submetido a tantos testes como o Morumbi", diz, referindo-se aos ensaios feitos pela USP e empresas privadas em 1996.
Galvão conta que sua empresa não fez obras no Morumbi a partir de 1960, quando se tornou diretor de Obras do São Paulo. Ele já foi presidente do time e hoje integra o conselho. Em 1967, vendeu a Civilsan.
Luiz Cholfi, atual diretor de Obras do São Paulo, diz que é um equívoco considerar que houve erro no projeto original do Morumbi.
"Os blocos foram construídos de acordo com o conhecimento da época. Nos anos 50, era usual fazer daquele jeito. Eles fizeram errado achando que estavam certos", diz.
Segundo Péricles Fusco, da USP, já havia conhecimento técnico determinando a inclusão de barras de aço no sentido transversal.
Para Cholfi, as obras não foram suficientes para eliminar as vibrações da arquibancada que incomodavam a torcida. "Enrijecemos as arquibancadas e isso afetou as vibrações, mas não dá para eliminá-las".
João Ricardo de Carvalho, 58, diretor-técnico da Secretaria da Habitação, diz que o estádio está totalmente seguro após as obras. "Não há mais perigo estrutural", diz. (MCC)

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