São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Peça também muda de função

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem adquiriu um móvel novo e não tem como se desfazer do antigo pode optar pela mudança de função da peça.
O artesão Carlos Satlher da cidade mineira Don Cavati (cerca de 300 km ao norte de Belo Horizonte) é especialista em transformação de móveis.
"Já transformei guarda-roupa em cristaleira." Segundo ele, também é possível fazer uma peça grande virar duas menores.
Outro atrativo que Satlher oferece é o preço. Por trabalhar em uma cidade pequena, que permite um trabalho informal e um custo operacional menor, as restaurações que realiza são mais baratas.
O revestimento em pátina barroca de uma sala de jantar, com oito cadeiras e bufê, feito pelo artesão paulistano Daniel Juan, por exemplo, fica em R$ 3.500.
O mesmo revestimento, incluindo mais jogo de quarto com cama e guarda-roupa, feito por Satlher sai por R$ 1.200. "Eu cobro pouco, mas exijo liberdade de trabalho", afirma.
Segurança
Satlher começou a profissão de restaurador pelos móveis da sua casa. "Foi passando de boca a boca, e hoje não dou conta de fazer todas as encomendas que recebo."
Ele também trabalha como caixa do Banco do Brasil, mas afirma que a reforma de móveis rende três vezes mais que seu salário de bancário. "Só não deixo o banco por causa da segurança trazida por um vínculo empregatício."

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