São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997 |
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Coluna Joyce Pascowitch
JOYCE PASCOWITCH PinçaSe o assunto é antiquário, Juliana Benfatti (foto) dá as cartas. Para rechear sua loja -frequentada por leigos e colecionadores-, ela garimpa mundo afora peças de estilo em leilões tipo Sotheby's e Christie's, em Londres, e Finarte, em Roma e Milão. Antes de arrematar preciosidades, ela arma pesquisas em museus, exposições e bibliotecas -sem abrir mão da intuição. E, para dar um toque de excentricidade em tudo, ganham lugar cativo em seu antiquário peças que marcaram a época contemporânea até os anos 50. * O que o tempo não apaga? A verdade. Quem merece virar peça de museu? Quem tem estilo próprio. Alma precisa de restauração? Não -de atenção, sempre. E quando o estilo não acompanha a época? Alguém está mentindo. Quem deveria ser deletado da memória? Hitler, Collor, PC, Mussolini. O que nunca perde o estilo? O belo, o bom, o nobre. Qual o melhor caminho para o túnel do tempo? A imaginação. Como repaginar as idéias? Não se apegando a elas. Como se recupera o tempo perdido? Para que? Quem está fora de seu tempo? Os grandes egos. O que não entra em seu acervo? A mentira. Qual a jóia mais rara? O amor absoluto. Com quem dividiria um banco de jardim inglês do século 18? Com Sófocles. Progressão ou regressão? Aqui, agora -o presente é eterno. Que estilo faz sua cabeça, corpo e membros? Bugatti, Luís 14 e Le Corbusier. Quem vai ultrapassar a barreira do tempo? Só Picasso. Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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