São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997 |
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OAB quer afastar novo comandante Coronel respondeu a processos por 46 mortes JOÃO PAULO SOARES
O coronel Lopes da Silva, que trabalhou 12 anos na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), já teria respondido a processos militares pela morte de 46 pessoas. Segundo o comando geral da PM, o novo comandante foi absolvido em todos os IPMs (Inquérito Policial Militar), motivo pelo qual continua trabalhando na corporação. Lopes da Silva assumiu o comando interino da Polícia Militar regional de Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) na semana passada, após a transferência do antigo comandante, Ernesto Tasso Júnior, para Corregedoria Geral da PM. Tasso Júnior assumiu o cargo antes ocupado pelo coronel Paulo Miranda de Castro, afastado de suas funções por não ter comunicado a seus superiores a existência da fita de vídeo que registrou as violências cometidas por policiais militares na favela Naval, em Diadema. Estatutos Esse seria o caso do tenente-coronel, que está há menos de um ano em Campinas, mas tem 26 anos de polícia. "Isso é praxe. Até que o comando geral da corporação decida quem será o substituto, assume interinamente o mais antigo. E não existe nada que impeça o oficial Gilson de estar na corporação", declarou Izildo de Arruda. Sem justificativa Para o presidente da OAB de Campinas, Marcos José Bernardelli, 37, a praxe não pode ser usada como justificativa. "A praxe pode ser modificada. A nomeação tem de ser revista, porque a sociedade civil não é obrigada a aceitar esse regimento, e Campinas não merece um cidadão com esse passado no comando da PM", afirmou Bernardelli. Ontem à noite, estava prevista votação, na Câmara de Campinas, de um requerimento do vereador Romeu Santini (PFL), convidando o tenente-coronel Lopes da Silva à explicar em plenário em que condições ocorreram as mortes que lhes são atribuídas. Texto Anterior: CPI convoca 3 ex-secretários Próximo Texto: 'Matar não é agradável para ninguém', diz tenente Índice |
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