São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997 |
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Civil diz ter 'tolerância zero'
DA REPORTAGEM LOCAL A Corregedoria Civil alega ter implantado uma política de "tolerância zero" para a investigação de denúncias de violência policial, segundo o delegado-geral, Antonio Carlos de Castro Machado, 66.Machado admite que pode haver "coação" por parte de policiais com uso de violência, mas afirma que a maioria das denúncias contabilizadas pela Human Rights Watch/America é infrutífera. "Apenas 10% das denúncias feitas no ano passado resultaram em indiciamento de policiais. Não porque haja corporativismo. As denúncias é que são infundadas." Machado afirma que a maioria das denúncias são instrumento de defesa de acusados que querem invalidar uma confissão ou alguma prova obtida. "No final, comprova-se o delito." Para o delegado, casos como o do bar Bodega, em que acusados confessos foram presos e depois soltos por não haver provas contra eles, não justificam uma mudança no controle sobre a polícia. Na ocasião, os acusados denunciaram ter sido torturados para assinar a confissão. "O caminho é melhorarmos as condições do trabalho, não só o salário, mas também o preparo intelectual." Segundo ele, o acompanhamento dos inquéritos por um promotor "emperraria" o trabalho. O secretário da Segurança, José Afonso da Silva, foi procurado ontem, mas não ligou de volta para a reportagem. A Folha procurou ainda o comandante-geral da PM, Claudionor lisboa, sem sucesso. Texto Anterior: 'Violência é herança da ditadura', diz ONG Próximo Texto: Quinhentos anos de bandeirismo e banditismo Índice |
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