São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997 |
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Consórcios só disputam "filé" dos celulares
ELVIRA LOBATO
Ninguém se dispôs a pagar o preço mínimo de R$ 200 milhões pela concessão no Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Maranhão. Quinze consórcios apresentaram propostas nas concorrências para compra de concessões para o serviço celular privado, mas a maioria se concentrou nos mercados considerados mais rentáveis. A região mais disputada é a do Paraná e Santa Catarina, para a qual se candidataram dez consórcios. Em seguida, vem a concessão para o Rio de Janeiro e Espírito Santo, com nove interessados. Oito consórcios estão na corrida pelas concessões de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. A Grande São Paulo, considerada um dos "filés" do mercado, será disputada por sete consórcios. Ontem, duas horas após iniciada a solenidade de entrega das propostas, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Renato Guerreiro, não reconhecia a falta de interesse pela região Norte. Segundo ele, o governo não estudou o que fazer numa situação como essa por acreditar que haveria competidores em todas as regiões. " Não há necessidade de fazer uma análise prévia de algo que não iremos precisar", afirmou, antes de saber o resultado. Com a ausência de candidatos, o ministério vai decretar "vazia" a concorrência para a região Norte e deverá convocar os consórcios para uma audiência pública. A solenidade trouxe uma outra surpresa: só um consórcio apresentou proposta para a região Centro-Oeste e só perderá a concorrência se houver irregularidade em sua documentação. O virtual vencedor é o grupo formado pela Bell Canadá, Telesystem, Citibank, Opportunity, Banco do Brasil DTVM, La Fonte e fundos de pensão. O grupo manteve sigilo sobre o valor da proposta. Cada consórcio terá de rubricar página por página da documentação apresentada pelos demais. A operação começou por volta das 13h, e até as 20h só três consórcios haviam concluído a tarefa. Os grupos retomam o trabalho hoje. Os documentos ficarão guardados em um cofre construído no ministério especialmente para receber as propostas da banda B. LEIA MAIS sobre telefonia e tarifas públicas nas págs. 2-8, 2-9 e 2-16 Próximo Texto: Consórcios só disputam "filé" dos celulares Índice |
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