São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997 |
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Exército vai desocupar dois navios Determinação é de juiz de SP FAUSTO SIQUEIRA
Os dois navios, atracados no terminal privativo da Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista), estão ocupados por trabalhadores avulsos do porto de Santos (SP) desde a última quarta-feira. A ocupação é um protesto contra a decisão da Cosipa de não mais requisitar a mão-de-obra dos estivadores e demais avulsos e movimentar as cargas de navios atracados em seu terminal somente com pessoal próprio. O juiz Mário Velloso afirmou ontem à Agência Folha que não há prazo estipulado para que o Exército cumpra a ordem, encaminhada ao comando da Baixada Santista. Segundo ele, o cumprimento não será imediato porque, antes de a determinação ser executada, a requisição terá de tramitar internamente nas várias instâncias de comando do Exército. Para justificar o pedido, o juiz afirma em seu despacho que a Polícia Militar "não quer cumprir a ordem" dada por ele na semana passada para desocupação dos navios. "Em que pese a probabilidade de confronto, o impasse perdura há vários dias, não podendo ser prolongado indefinidamente", afirma o juiz em seu despacho sobre a requisição do Exército. Na tarde da última sexta-feira, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar chegaram a entrar no navio Marcos Dias para fazer a desocupação, resultado de uma liminar (decisão provisória) concedida pelo juiz à Cosipa. Por determinação do secretário estadual da Segurança Pública, José Afonso da Silva, ao comando da PM, os policiais deixaram o navio sem concluir a operação -os grevistas se esconderam nos porões- e se limitaram a fazer a segurança das instalações da fábrica da Cosipa. Os dois navios são ocupados por 26 trabalhadores avulsos -dois grupos de 13, com 12 estivadores e um conferente em cada um. Texto Anterior: Juros serão cobrados com base na taxa Selic; Receita chama 600 mil que não entregaram IR Próximo Texto: Desemprego volta a crescer em março Índice |
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