São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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Energia vai sofrer reajuste médio de 10%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo autorizou o reajuste médio de 9,921% na tarifa aplicada por 26 empresas de distribuição de energia elétrica a partir de hoje. Trata-se do primeiro aumento desde novembro de 1995 (ou seja, nos últimos 17 meses); nesse período, excluído o mês de novembro, a inflação foi de 13%.
O reajuste foi autorizado pelos ministérios das Minas e Energia e da Fazenda. Nos próximos dias, ambos deverão anunciar os aumentos que serão aplicados pelas demais empresas de energia elétrica do país.
A decisão deverá provocar aumento nas taxas de inflação -já calculado antecipadamente pelo governo. O impacto no IGP-DI, índice de preços da Fundação Getúlio Vargas, deverá ser de 0,0490%.
Nos cálculos do INPC, índice de preços do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento será de 0,1514%. E no IPC, índice da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o reajuste terá peso de 0,3642%.
São elas: Companhia Nacional de Energia Elétrica (9,86%), Eletropaulo (9,78%), Companhia Paulista de Força e Luz (9,85%), Companhia Energética de São Paulo (9,09%), Empresa Elétrica Bragantina (9,91%), Caiuá Serviços de Eletricidade (9,86%) e Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (9,50%).
O maior reajuste será de 11,93%, aplicado pelas Centrais Elétricas de Santa Catarina. O menor percentual, de 9%, caberá a duas empresas -o Departamento Municipal de Energia Elétrica de Ijuí (RS) e a Empresa Força e Luz João Cesa (SC).
Em nota divulgada ontem, ambos os ministérios afirmaram que a medida "não altera a estrutura das tarifas de energia elétrica".
Isso significa que serão mantidos os atuais patamares de descontos, que variam de 10% a 85%, para os consumidores residenciais de baixa renda (ou seja, que tenham consumo de até 200 quilowatts-hora).
Segundo informaram os ministérios, o aumento nas tarifas "atende às necessidades de reequilíbrio das contas das distribuidoras, após 17 meses sem reajuste", de estímulo aos investimentos privados e de preservação do valor dos ativos das empresas.
O percentual aplicado a cada empresa leva em conta a "adequação da tarifa final", diz a nota dos ministérios.

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