São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Dona-de-casa vai à Justiça contra alta

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Movimento das Donas-de-Casa de Belo Horizonte impetrou ontem no fórum da capital mineira uma ação civil pública contestando o aumento nas tarifas de telefonia, que começaram a vigorar no último dia 4.
Autorizado pelo governo federal, as alterações diferenciadas nas tarifas de telefonia contêm aumentos que estão sendo considerados pelas donas de casa mineiras como sendo "absurdos".
"Estamos contestando o aumento nas tarifas de assinatura (básica residencial), impulso local e ficha e cartão telefônico. Essa cesta horrorosa tem mais de 200% de aumento e a inflação é baixa", disse a presidente do movimento, vereadora Lúcia Pacífico Homem (PSDB).
No tarifaço anunciado pelo governo na semana passada, a assinatura básica mensal vai aumentar, a partir do dia 19, 270,3% (passando de R$ 2,70 para R$ 10,00), o maior percentual de reajuste.
As altas nas tarifas do impulso telefônico (61%) e da ficha telefônica (20%) estão em vigor desde a semana passada.
"Não dá para engolir isso goela abaixo. O consumidor é sempre o mais penalizado. É um absurdo", disse a presidente.
A ação se restringe aos preços cobrados pela Telemig (Telecomunicações de Minas Gerais), mas Lúcia Homem disse que vai incentivar os movimentos das donas de casa de outros Estados a fazerem o mesmo.

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