São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Concessão na Amazônia deve ter preço mínimo reduzido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério das Comunicações vai reduzir substancialmente o preço mínimo de venda da concessão da telefonia móvel celular na Amazônia (área 8) para a iniciativa privada e convocar uma nova licitação, totalmente desvinculada do processo atual.
Essa foi a solução encontrada pela equipe do ministro Sérgio Motta (Comunicações) para o problema surgido com o desinteresse dos investidores pela região amazônica, que teve o preço mínimo fixado em R$ 200 milhões.
O novo preço ainda não foi definido, mas há quem defenda preço zero, como o deputado Roberto Campos (PPB-RJ). O deputado Alberto Goldman (PMDB-SP), relator da Lei Geral de Telecomunicações, chegou a levantar a hipótese de preço negativo para atrair investidores.
O preço negativo se caracteriza pelo repasse de recursos públicos a quem se apresentar para operar sistemas telefônicos na região.
A falta de interessados pela aquisição da concessão e a implantação da banda B na Amazônia tornou-se pública na segunda-feira, quando termina o prazo dos candidatos para a entrega das propostas pelas dez áreas criadas para a operação da telefonia celular.
A área 8 é formada pelos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Amapá e Roraima e se caracteriza pela grande extensão territorial, a baixa densidade demográfica (concentração populacional) e uma reduzida renda da população.
Ou seja, a área oferece baixa ou nenhuma atratividade. Durante a entrega das propostas, representantes de alguns dos 15 consórcios presentes atribuíram a falta de interesse ao elevado preço estabelecido pelo ministério.
Alegavam que sendo o preço mínimo do "filé"(São Paulo) de R$ 600 milhões, jamais se poderia fixar em R$ 200 milhões o preço da área 8.

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