São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Funcionários do BB planejam ato contra demissões no dia 16

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os sindicatos dos bancários filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) vão tentar parar as agências do Banco do Brasil em todo o país no dia 16.
A mobilização é uma tentativa de reverter as demissões anunciadas anteontem pela diretoria da instituição. Cerca de 500 funcionários foram dispensados.
Eles fazem parte de um total de 8.000 empregados excedentes contabilizados pelo banco.
Estava marcada para essa data uma reunião de negociação do banco com os sindicatos de trabalhadores. A data-base da categoria é setembro, mas não houve acordo na época.
A negociação do reajuste salarial foi suspensa em novembro e foi retomada em fevereiro.
Assembléias
Os sindicatos dos bancários em todo o país estão convocando assembléias para o dia 15 e querem fechar as agências no dia 16.
Ontem, oito parlamentares ligados ao banco pediram uma audiência com o presidente do BB, Paulo César Ximenes, para o próximo dia 15.
Eles vão tentar também discutir o tema na próxima reunião da Comissão do Sistema Financeiro da Câmara, no dia 24.
Prejuízo
O BB tem cerca de 85 mil funcionários, incluindo as empresas coligadas, e adotou, em 1995, o Programa de Demissões Voluntárias (PDV). Naquele ano, 13,6 mil bancários aderiram ao programa.
Os cerca de 500 dispensados teriam se recusado a aderir ao PDV, segundo o banco.
Nos últimos dois exercícios (1995 e 1996), o BB acumulou prejuízo de R$ 11,252 bilhões. A situação só começou a ser revertida neste ano. Nos dois primeiros meses, o banco registrou lucro de R$ 50 milhões.

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