São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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'Diademas' se multiplicam pelo Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

Bastaram duas semanas, desde que as imagens da violência policial na favela Naval, em Diadema, região do ABCD paulista, foram exibidas pela primeira vez, para que o país chegasse à conclusão de que as cenas de espancamento, tortura, extorsão e assassinato que invadiram os lares pelos telejornais são um fato corriqueiro na rotina da polícia brasileira.
Como a Folha mostrou ao longo desse período, com o registro de casos de crimes cometidos por policiais em todo o país, a Diadema que fica a 15 km ao sul de São Paulo é apenas um exemplo das dezenas de Diademas espalhadas pelo território nacional, nos diversos escalões das Polícias Civil e Militar.
Diadema está, por exemplo, na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, onde policiais militares espancaram civis.
Diadema também se encontra, como relatam os textos publicados nesta e na próxima página, no Acre, onde nem os índios escaparam da truculência policial. Diadema se repete do Rio Grande do Sul, com o suposto envolvimento de um delegado da Polinter com grupos de extermínio, ao Amazonas, onde até o secretário da Segurança Pública é suspeito de possuir uma polícia paralela para praticar delitos.
Mas Diadema também revela as possibilidades do vídeo amador como meio de denúncia e a iniciativa de estudiosos e entidades para oferecer saídas para a crise das polícias.

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