São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Zootecnia comporta mais profissionais

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Com poucos profissionais -cerca de 3.800 em todo o país- e um campo de trabalho em crescimento, a zootecnia oferece um mercado grande e promissor.
O diagnóstico é de Celso da Costa Carrer, 36, vice-presidente da ABZ (Associação Brasileira de Zootecnia). Segundo ele, "comportaria até mais profissionais".
O zootecnista é o profissional que estuda, propõe e acompanha planos de criação de animais, visando o melhoramento da qualidade e maior produtividade.
Pode trabalhar em vários tipos de empresa, desde fazendas, onde orienta o criador, a empresas de melhoramento genético, laboratórios de pesquisa e universidades.
Encontra emprego também em empresas de derivados de leite, que é um produto de origem animal, e em indústrias que produzem alimentos para animais.
Pode ainda atuar como pesquisador e seguir carreira acadêmica. "Jovens cientistas têm campo", diz Walter Motta Ferreira, 41, professor-adjunto do departamento de zootecnia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
O mercado tem crescido, diz ele, porque as empresas entendem hoje que o profissional é essencial para aumentar a lucratividade.
Mas, de acordo com o professor da UFMG, os fazendeiros ainda não se conscientizaram da importância de contratar o profissional para o melhoramento da criação.
"O bom é que empresas urbanas, como as de laticínios, já entenderam que o zootecnista viabiliza economicamente a produção, propondo ações para a carne ter uma qualidade melhor", afirma.
José Alberto Pereira da Silva, 50, do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), explica que assim como o campo é diversificado, os salários também são.
É possível ganhar, segundo ele, entre R$ 900 e R$ 6.000. "A variação salarial é grande."
Para Albino Luchiari, 45, diretor do frigorífico Menu Moderno e dono do laboratório LinBife, as áreas de atuação que remuneram melhor e oferecem melhores oportunidades são as de nutrição animal e melhoramento genético.
"São 6 bilhões de habitantes no mundo para alimentar. Melhoramento genético e nutrição estão em alta porque colaboram para o aumento da qualidade da carne."
Há a possibilidade de galgar postos em empresas e chegar até o nível executivo, diz Luchiari, que não revela seu salário. "Executivos da área são tão bem remunerados como os de outros setores."
Na opinião dele, "o fundamental para conseguir sucesso na área é ter muito conhecimento científico e estar sempre a par das evoluções tecnológicas da profissão".

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