São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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Maquiavelismo puro; Trator emprestado; A casa caiu; O teto desabou; Mágoa pefelista; Brasil sem ação; Economista candidato; Aula ianque; Ganhando tempo 1; Ganhando tempo 2; Preocupado com a base; Santa ingenuidade; Fórmula ideal; Discurso de ocasião; Haja costura; Canibais do asfalto; Fogo cerrado

Maquiavelismo puro
A estratégia de FHC ao criticar o extrateto é jogar a opinião pública contra a Câmara. Detona a aprovação do privilégio. E constrange os deputados que aprovaram a reforma administrativa no 1º turno a não recuar no 2º.

Trator emprestado
FHC deu uma de Serjão ao detonar o extrateto da reforma administrativa. Os líderes governistas se sentiram traídos, pois defenderam proposta que nasceu no gabinete do presidente. Ou seja, ficaram só com o ônus.

A casa caiu
PMDB e PFL dizem que é do Planalto toda a responsabilidade de aprovar a reforma administrativa em 2º turno na Câmara. É a reação à declaração de FHC bombardeando o extrateto.

O teto desabou
"Se FHC fala contra proposta apresentada por seu ministro da coordenação política e pelo líder do governo na Câmara, o PMDB fica livre para votar o parecer do relator do partido", diz o peemedebista Henrique Alves (RN).

Mágoa pefelista
Inocêncio Oliveira (PFL-PE) era o líder mais contrariado ontem com FHC, que acabou com articulação para aprovar extrateto de R$ 21,6 mil na reforma administrativa. Disse a parlamentares que se sentiu "traído".

Brasil sem ação
O deputado Carlos Apolinário (PMDB-SP), relator da lei eleitoral de 98, quer limitar a presença de governantes candidatos à reeleição em inaugurações de obras. "Seria uma vantagem desproporcional", argumenta.

Economista candidato
Cesar Maia (PFL) acha que FHC enfrentará um dilema em 98. Diz que não dá para deixar a economia crescer a ritmo superior ao do ano passado (que considerou baixo) sem pôr em risco o real, a maior bandeira de FHC.

Aula ianque
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara ouve amanhã às 14h30 a juíza americana Linda Davis. Tema: federalização dos crimes contra direitos humanos.

Ganhando tempo 1
Ao atacar mais a Covas do que a FHC, malufistas acham que o chefe dá a pista sobre seu projeto em 98: o governo paulista.

Ganhando tempo 2
Maluf afirma: "Em 91, quem diria que o Clinton, governador do Arkansas, derrotaria o Bush, vencedor da Guerra do Golfo?".

Preocupado com a base
Maluf diz que mandou fazer pesquisa de opinião pública em São Paulo sobre desgaste com a CPI dos Precatórios. "Não alterou em nada a minha posição." Afirma que continua em segundo na preferência pelo Planalto.

Santa ingenuidade
Um malufista dizia ontem que ainda acreditava em um encontro entre FHC e Maluf, conforme acertado por telefone antes da viagem do pepebista ao exterior.

Fórmula ideal
Michel Temer e Geddel Lima disseram a Jader Barbalho que o PMDB da Câmara e Antônio Britto querem os Transportes, com Eliseu Padilha. Para o Senado, ou FHC cria ministério ou sacrifica Aloysio Nunes.

Discurso de ocasião
A segurança pública deve ser a principal bandeira dos candidatos do PFL nas eleições estaduais de 98. O partido faz seminário em julho, em São Paulo, para unificar o discurso sobre o tema.

Haja costura
Líderes e presidentes dos partidos de esquerda se reúnem hoje em São Paulo. Tentam superar diferenças regionais para se unir nas eleições estaduais de 1998.

Canibais do asfalto
O Ministério da Justiça ainda não tem titular, mas a cabeça de Júlio Gaiger, presidente da Funai, deve rolar. Só não vai ser logo, para evitar concessão aos xavantes que invadiram o órgão.

Fogo cerrado
De Walter Pinheiro (PT-BA), sobre Celso Pitta ter dito que "o livro" de sua "vida está aberto": "Ninguém quer saber do livro da vida dele. O que nos interessa agora é o livro do caixa dele".

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Miro Teixeira (PDT-RJ), sobre os constantes atritos entre o governo federal e o Judiciário:
- Depois de emascular o Legislativo, só falta FHC fazer como na Argentina. Dobrar o número de cadeiras do Supremo, nomear metade do tribunal e controlar os três poderes.

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