São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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"Noel Field" e "O Velho" vencem festival

DA REPORTAGEM LOCAL

O 2º Festival Internacional de Documentários terminou ontem com a premiação das melhores produções apresentadas.
"Noel Field - A Lenda de um Espião", de Werner Schweizer, ganhou o prêmio de melhor documentário internacional, e "O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes", de Toni Venturi, o de melhor documentário nacional. Cada um dos diretores recebeu US$ 5.000.
Três outros filmes estrangeiros receberam o prêmio menção especial: "Baka", de Thierry Knauff; "Homenagem a Bontok", de Marlon E. Fuentes; e "Entrada para a Paz Celestial", de Richard Gordon e Carma Hinton. O prêmio especial do júri - troféu GNT, no valor de US$ 1.500, ficou com "Brasília, um Dia em Fevereiro", de Maria Augusta Ramos.
Balanço
O festival deste ano cresceu em número total de filmes exibidos e em número de documentários em longa-metragem, se comparado à edição de 1996.
Em 97, foram exibidos 13 longas e 5 curtas-metragens, totalizando 18 produções internacionais, enquanto que, em 96 foram exibidos 11 filmes estrangeiros, sendo dez longas e um curta-metragem. Dos nacionais, em 97, foram exibidos três curtas e sete longas nacionais, totalizando dez filmes. Em 96, foram apresentados oito curtas e quatro longas, totalizando 12 filmes. A diferença, neste caso, é o número de longas apresentados.
O público também cresceu, segundo o organizador do evento, o crítico de cinema e articulista da Folha Amir Labaki.
"No Cinesesc, que tem capacidade para 300 pessoas registramos uma média de 150 pessoas por sessão. No Centro Cultural São Paulo e no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio, houve sessões com lotação total", afirmou.
Outro fator que mostra o crescimento do festival foi o número de diretores de festivais internacionais que estiveram presentes no evento para selecionar produções brasileiras para sua programação.
No ano passado havia apenas um representante internacional -da Holanda. Este ano, vieram representantes da Holanda, França, Alemanha e do México.
"O gênero começa a ser valorizado no Brasil. Novas e boas produções aparecem no mercado. Somente com uma produção forte torna-se viável um festival internacional de documentários", afirmou Labaki. Segundo ele, este ano o festival pôde se estabelecer e transformou-se em uma vitrine de documentários produzidos na América Latina. "Com o festival, São Paulo virou um centro para documentaristas da América Latina", disse.

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