São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 1997
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Suíço já alçou vôos maiores

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Noel Field, a Lenda de um Espião", do suíço Werner Schweitzer, trata da desventura de um americano com atividades na Europa desde a Guerra Civil Espanhola, nos anos 30. Seu desaparecimento, em Praga, em 1949, se dá sob a acusação de espionagem em favor dos EUA.
O mérito de "Noel Field" consiste em navegar por inúmeras ambiguidades que envolvem a vida de um homem. E, se o assunto é espionagem, durante a Guerra Fria, bota ambiguidade nisso. Existe ainda, no caso, o empenho de reconstituir o "caso Field" como exemplo de mais uma derrota da verdade, em tempo de guerra.
Como contraprova aos filmes de arquivo e depoimentos, Schweitzer usa, de forma recorrente, imagens de "A Confissão", de Costa-Gavras, sobre expurgos absurdos promovidos na ex-Tchecoslováquia, na virada dos anos 40/50.
Modesto, Schweitzer não se alça aos vôos mais grandiosos de documentários como "Arquitetura da Destruição", que tem o mérito de, a partir das imagens, criar um discurso forte sobre o assunto que trata.

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