São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 1997 |
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Pouca liquidez faz taxa de juros subir
LUIZ ANTONIO CINTRA
No caso da TBC, a taxa fixada após o fechamento do mercado pelo governo certamente vai atingir as expectativas. Isso porque o mercado ontem se dividia em duas correntes, sendo que nos dois casos a aposta era de manutenção da queda dos juros. A maioria do mercado estimava que a TBC para maio ficaria em 1,56%, caindo apenas 0,02% e não 0,04% como tem ocorrido. Para outros, o governo manteria o ritmo dos meses anteriores, baixando os juros básicos para 1,54%. A decisão de ontem demonstra duas coisas. Junto com a restrição das importações é mais uma medida que terá o efeito de reduzir o ritmo de atividade da economia. Além disso servirá para manter a diferença entre as aplicações em reais e a variação cambial. O mercado de dólar oscilou bastante, seguindo as expectativas do mercado com relação aos juros. O segmento flutuante foi o que mais uma vez apresentou a maior demanda, com as cotações chegando a R$ 1,0665. Mesmo com o mercado operando acima do limite superior da minibanda, o Banco Central preferiu não intervir. Nova York A Bolsa de Nova York voltou a fechar em alta ontem com uma valorização de 1,4% no dia. Com isso, o índice Dow Jones, que acompanha as 30 ações industriais mais negociadas, acumulou alta de 3,5% em apenas dois dias. No entanto, não é preciso ser nenhum Alan Greenspan para ver certa exuberância irracional no comportamento do Dow Jones. Ontem, por exemplo, os investidores preferiram ignorar solenemente mais um indicador que reforça a tese de aquecimento excessivo da economia dos EUA. Segundo o Federal Reserve, o banco central norte-americano, a produção industrial cresceu 0,9% no mês passado, bem acima do 0,5% estimado por analistas. E-mail: mercado@uol.com.br Texto Anterior: Reunião da Alca contorna as divergências Próximo Texto: Crise faz 2.500 passarem a noite na Cosipa Índice |
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