São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997 |
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Venda de portes envolve delegados
VALÉRIA ROSSI
A sindicância aberta pela polícia descobriu que a loja Só Armas, instalada no centro da cidade, vendia portes de armas assinados pela delegada Viviane Lopes, de Caçapava, e pelo delegado-regional Hélio Pantaleão. Pantaleão deve ser convocado para depor na sindicância na próxima semana. Viviane é acusada de ter assinado 300 portes de armas sem a autorização do delegado-seccional, responsável pela emissão do documento. A emissão acontecia na sede da delegacia regional, mas Pantaleão afirma desconhecer o caso. O delegado-regional não foi localizado ontem para comentar o caso. Ele está de férias desde a última segunda-feira. O gerente da Só Armas, Luís Antônio da Costa, 30, confirmou a venda de portes de arma, mas disse que o procedimento era "legal". Segundo o gerente da loja, para obter o porte os clientes tinham que fornecer seus documentos e passar por uma entrevista com um escrivão identificado apenas como Henrique -que autorizava a pessoa a ter uma arma. O escrivão é apontado pela delegada Viviane como a pessoa que levava os portes e registros para que ela assinasse "a mando do delegado-seccional Ronaldo Dias". A delegada afirma que está sendo vítima de uma "armadilha" de Dias para "derrubar" o delegado-regional Hélio Pantaleão. O comerciante José dos Santos, 46, afirma que obteve o porte na loja Só Armas. Segundo ele, o funcionário que o atendeu, Adriano Dias, disse que só lhe daria o porte se comprasse uma arma na loja. O comerciante foi ouvido ontem pela Corregedoria da Polícia Civil do Estado, que está apurando as irregularidades. O gerente da loja nega a extorsão. Texto Anterior: Camelô vendia droga em bala Próximo Texto: Menina de 13 anos diz que matou garota de 3 em SP Índice |
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