São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997
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Juros e freio no consumo derrubam Bolsa

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A interrupção da trajetória de queda das taxas básicas de juros fez estragos ontem nas Bolsas de Valores e deixou o mercado de câmbio bastante agitado.
O comportamento da Bolsa paulista ao longo do dia, no entanto, não foi linear.
No início do dia, o mercado operou bastante pessimista, acompanhando a alta no mercado de juros e o nervosismo no mercado de dólar, chegando a cair 0,8% até o meio da tarde.
Nesse momento, o pessimismo do mercado era equilibrado pela alta do mercado de ações de Nova York, que serve de referência para o mercado interno. Assim, os preços das ações na Bovespa começaram a reagir, chegando a ficar com variação negativa de 0,3%.
Mas, para azar dos investidores nacionais, o mercado nova-iorquino virou, conforme o jargão usado quando os preços, que estavam em alta, passam a ficar em baixa.
O recuo de 0,3% de Nova York foi suficiente para derrubar a Bovespa, que terminou o dia com recuo de 1,5% sobre o dia anterior.
O comportamento da Bovespa no dia, no entanto, também foi influenciado pelo vencimento no mercado de opções, marcado para terça-feira.
Assim, além do cenário interno complicado, com alta dos juros e a perspectiva de freio no consumo, o mercado viveu mais uma vez a possibilidade de nova alta das taxas norte-americanas de juros.
O pessimismo também atingiu o mercado de ações de Londres, que recuou 0,1%, no caso do índice FT 30, e o da Argentina, que caiu 1%.
Câmbio
No mercado de compra e venda de dólar, a principal consequência foi a subida das cotações para entrega futura, da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
O mercado chegou a negociar o dólar para junho a R$ 1,074. Mais tarde, o mercado recuou, com o contrato para junho sendo cotado a R$ 1,073.
No mercado flutuante, a demanda continuou aquecida, empurrando as cotações para até R$ 1,0661, para venda.
No mercado futuro de juros, a taxa projetada para junho, por exemplo, pulou de 1,60%, registrada na quarta-feira, para 1,63%, no fechamento de ontem.

E-mail: mercado@uol.com.br

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