São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997
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QUEM É QUEM

ERIKA PALOMINO
DE REPENTE, UM GRITO: ERA A GLAUCIA.

Aqui, Glaucia dá a receita de seu drink mais famoso, o "Bolacha no Cio": gim tônica, gatorade de tangerina e xarope de guaraná. A quantidade dos ingredientes é segredo. Para ver Glaucia, confira as quartas-feiras do bar The Cube, que ela ajudou a inventar.
*
Quando foi a primeira vez em que você saiu e onde foi?
Foi em 89, na Nation, logo na abertura, em dezembro. Depois conheci o Rose Bom Bom e comecei a fazer o circuito. Tudo o que abria eu ia. Eu morava em Santos, vinha para SP e depois voltava de ônibus.
Qual a diferença entre aquela época e agora?
A noite era mais divertida, não precisava mais nada: as festas eram divertidas, eram mais descontraídas. Não era tanto carão.
E no Krawitz, como era aquela coisa dos gritos que você dava?
Eu era louca mesmo, era meio passada. Quando você começa a sair, você fica mesmo meio deslumbrada, meio louca. Eu gritava porque eu gostava da música, ouvia aquelas músicas maravilhosas e tinha vontade de gritar.
E agora você não grita mais?
Não. Perdi meu agudo. Rá rá rá. Não existe mais voz para isso. Sério mesmo.
Agora só a risada inconfundível.
É. Agora só gargalhadas.
O que tem de mais legal na noite hoje?
As festas alternativas e o Hell's. Para dançar, ainda é o melhor lugar. Mas além disso não estou vendo muita coisa, não.
Daquela época, qual música você mais gostava, qual marcou?
"Follow Me".
E de hoje?
Essa sua noite Cio busca ser um "respiro" para a noite?
É. É que para garotas desse tipo não tinha nenhuma noite assim, nenhum lugar parecido. Para garotas de outro tipo, tinha. Não queremos ser gueto. Nem só para gay nem só para bolacha. É isso.

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