São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 1997
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Líderes antifumo contestam acordo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Líderes da campanha antifumo nos Estados Unidos protestaram ontem contra o acordo que está sendo negociado entre a indústria de tabaco e os governos federal e estaduais.
Everet Koop, que foi "surgeon general", a mais alta autoridade médica do país, nos governos de Ronald Reagan e George Bush, acha pequena a quantia de US$ 300 bilhões que as empresas se ofereceram a doar para um fundo de assistência a pessoas que adoeceram por causa do fumo. "Isso dá US$ 28 mil por vida perdida. Eu acho que é uma soma insignificante."
Ações em alta
Apesar dos ataques, pessoas envolvidas nas negociações acham que o acordo poderá ser fechado ainda este ano. O valor das ações das indústrias produtoras de cigarro subiram devido à possibilidade de entendimento.
Porta-vozes das empresas se negam a comentar em público conteúdo e estágio das conversações. Os governos envolvidos dizem que elas estão no início.
O diretor da Food and Drug Administration (FDA), agência do governo federal que fiscaliza a venda de produtos farmacêuticos e alimentares, David Kessler, disse que tem "grandes reservas a respeito da idéia de dar imunidades a essa indústria (de fumo)".
Fim dos processos
Embora Koop tenha dito que o acordo é inconstitucional, o professor de direito da Universidade Harvard Laurence Tribe diz que o Congresso tem o poder de aprovar a troca do direito de processar as empresas pelo de ter acesso ao fundo constituído por elas.
Mas, na opinião de Tribe, a imunidade a ser oferecida às indústrias não poderá ser absoluta: terá de se limitar aos malefícios à saúde do fumante provocados pelo cigarro como é produzido agora.
São consumidos 6 trilhões de de cigarros por ano no mundo

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