São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997 |
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Companhia indesejada O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) reservou o dia de ontem para compromissos formais em Brasília. A direção do movimento fez um périplo pelos gabinetes das chefias dos três poderes. Na hora de visitar o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), o movimento repetiu o discurso de que, além de assentar novas famílias, o governo precisa ajudar e dar assessoria às famílias já assentadas. João Pedro Stédile, líder do movimento, disse: - Em um dos acampamentos, foram colhidos cem sacos de milho. Mas o preço que querem pagar é baixo. Só R$ 3,50 por saco. Michel Temer não perdeu a oportunidade de ironizar: - Vou chamar o Nelson Marquezzelli para essa conversa. Os grandes agricultores também reclamam do baixo preço dos produtos agrícolas. Marquezzelli (PTB), líder da bancada ruralista, se arrepia ao ouvir falar em reforma agrária. Texto Anterior: Caíram na armadilha; Programa de índio; Sede de poder; Presteza parlamentar; Tapas e tapas; Sem conversa; Carimbo indesejado; Viver de esperança; Rei da província; Problema criado; Não quer choro depois; Falta de crédito; Homenagens de ocasião; Tucano esperto; Reforma geral; Em baixa Próximo Texto: Sem-terra invadem sedes do Incra em PE e no CE Índice |
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