São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997
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Parentes querem segurança

DA SUCURSAL DO RIO

Os parentes de vítimas da chacina de Vigário Geral querem segurança para voltar ao fórum no julgamento do acusado Paulo Roberto Alvarenga, marcado para a próxima quinta-feira (dia 24).
As ameaças teriam ocorrido no corredor C do segundo andar do prédio onde funciona o Tribunal de Justiça do Rio.
O corredor é o principal acesso ao 2º Tribunal do Júri, onde seria realizado o julgamento de 17 acusados pela chacina, ocorrida em 30 de agosto de 1993 na favela de Vigário Geral (zona norte do Rio).
A partir das 12h30, os 14 réus que estavam em liberdade e os parentes das vítimas da chacina passaram a esperar a abertura do júri uns ao lado dos outros.
O convívio inesperado foi tenso, segundo Cristina Leonardo. Ela disse que alguns réus usaram as mãos para simular disparos de tiros contra os parentes e representantes de ONGs (organizações não-governamentais) e entidades de defesa dos direitos humanos.
"Os réus ficaram junto das vítimas no corredor. Não houve segurança para ninguém. Vou pedir proteção às famílias", disse o advogada.
Cristina Leonardo esteve à tarde no fórum para pedir ao juiz José Geraldo Antônio, presidente do 2º Tribunal do Júri, que separasse réus e sobreviventes no julgamento da próxima quinta-feira. O juiz disse que ia estudar o pedido.
O ex-policial militar Paulo Roberto Alvarenga, 38, vai ser julgado primeiro porque sua defesa informou ao juiz que ele está preparado para ser submetido ao júri popular.
"Ele quer ser julgado logo porque é inocente", disse o advogado Rodrigo Roco, um dos defensores do réu.

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