São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997
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Entidade alfabetiza 40 mil jovens e adultos

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a proposta de erradicar o analfabetismo no Estado de São Paulo, o Ibeac (Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário), uma organização não-governamental fundada em 81, já atendeu cerca de 40 mil jovens e adultos.
A entidade está em busca de recursos financeiros para manter os 17 mil alunos que atualmente passam por processo de escolarização.
O programa de alfabetização, que começou em 93 com o apoio financeiro da Assobesp (Associação dos Bancos do Estado de São Paulo), abrange hoje 42 municípios do Estado.
A idéia de montar o programa surgiu a partir de seminários realizados pela entidade entre 90 e 93 sobre a importância da participação da sociedade civil na educação.
Nos últimos dois anos, os recursos para o programa vieram de um acordo entre o instituto e o MEC (Ministério da Educação).
"Atualmente a comunidade tem suprido a falta de recursos", afirma Hélio Amorim de Oliveira, coordenador do programa.
A ação da entidade é descentralizada e levada a efeito por conselhos comunitários que reúnem segmentos organizados da sociedade de determinadas regiões.
O instituto dá o suporte metodológico que orienta os professores na execução do trabalho.
Atualmente, 678 monitores e 82 coordenadores pedagógicos participam do projeto de alfabetização.
Cada monitor é responsável por uma turma que tem entre 20 e 25 alunos. Cerca de 60% dos alunos têm entre 14 e 25 anos. O restante é formado por adultos e idosos.
As aulas acontecem de segunda a quinta-feira no período noturno. Às sextas-feiras, monitores e coordenadores se reúnem para planejar a semana seguinte.
O programa não se limita à alfabetização. A idéia é que o aluno continue seus estudos na suplência da rede pública.
Para isso, os alunos que atingem o nível escolar de 4ª série são encaminhados ao teste de escolaridade. Os que são aprovados -cerca de 70%- podem prosseguir seus estudos em escolas públicas.
O custo anual do programa é de R$ 80 por aluno. Essa quantia inclui a bolsa-auxílio mensal dos monitores (R$ 100) e coordenadores (R$ 200) e o material didático.

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