São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997
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Engenheiros negam ter culpa em explosão

DA REPORTAGEM LOCAL

Os engenheiros Rubens Luciano Basile Molinari, Édson Vandenbrande Poppe e Flávio Roberto Camargo, que eram da construtora Wysling Gomes, negaram ontem responsabilidade sobre a explosão no Osasco Plaza Shopping, ocorrida no ano passado.
Os três foram interrogados ontem pelo juiz Cláudio Antonio Marques da Silva, da 2ª Vara Criminal de Osasco. Eles são acusados por explosão culposa, crime cuja pena vai de um ano e quatro meses a quatro anos de prisão.
A explosão no shopping, em junho de 96, foi causada por um vazamento de gás em uma tubulação instalada no subsolo do prédio, que não tinha ventilação. O acidente matou 42 pessoas e deixou mais de 350 feridos.
Nenhum dos três engenheiros continua trabalhando na Wysling, empresa responsável por parte das instalações de gás do shopping.
Camargo, que era gerente-geral de instalações da Wysling, defendeu-se das acusações feitas pela promotoria, entre elas que teria modificado o projeto original das instalações de gás.
Ele afirmou que o projeto da BRR, gerenciadora da obra, só permitia a instalação da tubulação de gás por baixo da laje. "Havia até uma viga com um furo, abaixo da laje."
O engenheiro negou que tivesse usado zarcão e folha de cânhamo para vedação da tubulação. Esses dois materiais, inadequados para vedação, foram detectados pelo Instituto de Criminalística.
"Se foi usado o material, não fomos nós que usamos", disse Edson Vandenbrande Poppero.
Outras quatro pessoas respondem a processo criminal, acusadas de responsabilidade na explosão.

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