São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997
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Meia e goleiro têm duelo

ALEXANDRE GIMENEZ; VALMIR STORTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O meia-atacante Marcelinho, do Corinthians, e o goleiro Velloso, do Palmeiras, fazem hoje um desafio à parte.
O meia-atacante busca marcar seu centésimo gol com a camisa do Corinthians -ele tem 98. Velloso, obviamente, quer evitar que seu adversário consiga chegar à marca hoje.
Os dois jogadores têm mais em comum. No ano passado, gravaram juntos um comercial de uma marca esportiva.
Nesse filme, Marcelinho cobra uma falta, e Velloso defende. Os dois jogadores concederam separadamente as entrevistas.
(AG e VSt)
*
Folha - O centésimo gol será marcado na partida de hoje?
Velloso - Acho que isso não vai acontecer. Quero adiar essa marca do Marcelinho.
A partida contra o Corinthians é muito importante para nós. Temos que ganhar para não deixar os outros times se aproximarem da gente na classificação do Paulista.
Marcelinho - Não vou prometer nada, porque contra o Santos disse que faltava cinco e disseram que eu estava menosprezando o time deles. Minha maior preocupação será vencer, mas tudo pode acontecer.
Folha - Que tipo de temor seu adversário lhe inspira?
Velloso - O Marcelinho é um jogador que tem muito talento para bater na bola. Ele tem a capacidade de chutar exatamente no lugar em que quer. É muito difícil jogar contra um atleta com esse estilo do que outro que simplesmente chuta com muita força.
São poucos jogadores que conseguem aliar as duas qualidades. Um deles é o Neto (reserva do Corinthians).
Na época em que ele estava na sua melhor condição física e vinha jogando com regularidade, era um cobrador mais perigoso do que o Marcelinho.
Marcelinho - O Velloso sempre fez grandes defesas em minhas cobranças. Lembro-me de uma vez que fiz uma cobrança no ângulo, ele tocou com a ponta do dedo e a bola bateu na trave. Mas na sobra nós marcamos o gol.
Folha - Como foi gravar o comercial com o Marcelinho?
Velloso - Foi legal. Quando tiveram que filmar a parte que eu defendia a falta, ele jogava a bola com a mão para mim.
Marcelinho - Foi muito respeitoso, porque tinha muita gente olhando a gravação. Aquilo foi tudo ensaiado, não havia disputa. Hoje será diferente.

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