São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997 |
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Primeira folga sexual apavora mulher
PAULO SAMPAIO
"Quando aconteceu comigo, imaginei coisas terríveis", conta a publicitária Fernanda Marmorato, 31. "A primeira delas foi que meu marido tinha perdido o interesse." Fernanda enfrentou essa situação seis meses depois de conhecer seu ex-marido. "Até então nós transávamos todo dia, às vezes de manhã e à noite", lembra. "O ruim de ter um bom parceiro na cama é que a gente acostuma e não se conforma se um dia o cara está cansado", explica. No caso do marido de Fernanda, foi cansaço mesmo (leia depoimento nesta página). Mas até ter certeza, ela não deu sossego. "Eu o infernizei a noite inteira, querendo saber o que tinha acontecido", lembra. "Ainda o forcei a tentar uma vezinha, mesmo sem vontade, e foi pior ainda." (leia depoimento nesta página). Olhando para trás, hoje, ela diz que foi tudo "delírio". "Enlouqueci à toa: a prova disso é que o casamento ainda durou dois anos e o tesão existe até hoje." Com a analista de sistemas Solange Ribeiro, 40, o final não foi tão feliz. O ex-marido perdeu o interesse nela por causa de outra. "O sexo no meu casamento era muito forte: segurava mais a relação do que os filhos", conta. "Por isso, na primeira vez que não rolou, fiquei preocupada. Meu marido alegou que estava com problemas financeiros, mas não relaxei", lembra. "Três meses depois, descobri que ele tinha outra." Solange e o marido estavam casados fazia cinco anos e costumavam transar todos os dias. Ela se arrepende de tê-lo pressionado. "Se acontecesse algo parecido hoje, seria mais esperta", afirma. "Quando a gente suspeita de traição e ainda toca no assunto com o marido, acaba dando uma boa idéia para ele", diz. Solange lembra que também já tinha recusado sexo. "Mas foi em uma ou outra noite, por causa de filho doente", lembra. "Mulher é diferente, a gente não procura outro só porque não tem vontade de transar um dia", afirma (leia depoimento ao lado). A geógrafa Cláudia Almeida, 36, não pensa assim. Ela está namorando há três meses e se diz apaixonada, mas não sabe até quando. "O sexo está naquela melhor fase, e por isso dá medo. É uma loteria." Cláudia acredita que, a qualquer hora, a coisa pode desandar. "O meu medo não é só com relação a ele", diz. "Eu também sou enjoada e posso perder o interesse." Ela acredita que é frustrante do mesmo jeito. "Ninguém pode fazer nada quando acaba." Texto Anterior: Delegado propõe que jovens se alistem na polícia Próximo Texto: Cobrança atrapalhou tudo Índice |
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