São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997
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Aluno fica apreensivo no primeiro dia

CARLA ARANHA SCHTRUK
ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK

Pequenas gafes (como confundir o professor com um dos alunos) e muitas dúvidas (em especial quanto à qualidade do curso escolhido) fazem parte do primeiro dia de aula em um curso no exterior.
"A gente fica meio confusa. É outro país, tudo diferente. E também queremos honrar o investimento realizado", explicou David Cousin, 24, francês recém-formado em administração de empresas.
Ele foi um dos profissionais que participaram do curso de inglês para negócios da Rennert Bilingual, em Nova York (US$ 525 por semana), que foi acompanhado pela Folha entre 7 e 11 de abril.
Todos tiveram o nível de inglês avaliado. Mesmo assim, o que se ouvia era um inglês falado com sotaques de todo o mundo, do alemão ao japonês, passando também pelo português, é lógico.
Como o curso é intensivo, com aulas das 9h30 às 16h30, sobra pouco tempo para pensar no português. Também é bom dizer adeus a compras e passeios.
Mas, se você for homem, tiver 30 e poucos anos e ocupar um cargo de média gerência, se sentirá em casa: esse é o perfil de quem frequenta cursos de negócios.
"A gente acaba se dando muito bem, o que é ótimo para um melhor aproveitamento do curso", afirmou o suíço Daniel Lutz, 30.
Durante as aulas, os professores -são dois, um de manhã e outro à tarde- ensinam vocabulário específico da área de negócios, além das expressões idiomáticas mais usadas no dia-a-dia.
Os alunos também aprendem como escrever discursos em inglês e preparar palestras, além de técnicas para fechar negócios com empresas internacionais. "Atendeu minhas expectativas", avaliou Cousin, após uma semana.
Fora da escola, as aulas continuam. Os professores, que têm em média 30 anos, se encarregam de organizar a programação noturna. Toda essa movimentação é boa para sacudir a inevitável moleza após atividades extracurriculares.
Pascal Renou, 35, francês desempregado, disse que a palestra sobre técnicas de negociação não acrescentou muito ao que já sabia. "O conteúdo já havia sido abordado. E, além disso, a didática da palestrante não era das melhores."

A jornalista Carla Aranha Schtruk viajou a convite da United Airlines e Friends in the World.

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