São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997 |
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Manhã do Ibirapuera une MPB e Jazz
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
"Just Kidding", do pianista de jazz dominicano Michel Camilo, é a primeira música do programa, interpretada pela orquestra, com regência de Marcelo Guelfi. Em seguida, os 85 integrantes da Jazz Sinfônica apresentam temas de Edu Lobo e Cyro Pereira, sob a batuta de seus dois maestros, o próprio Cyro e Nelson Ayres. Leila Pinheiro sobe então ao palco para cantar "Verde", de Eduardo Gudin e José Carlos Costa Neto, música que a projetou, em 1985, como a 'musa da bossa nova'. "Esse arranjo, de Cyro Pereira, é ultra-ousado", diz Leila. "É o mais diverso de todos que já cantei." Leila gravou 44 músicas de bossa nova e, apesar de ainda usar esse estilo como "cartão de visitas" no exterior -a cantora parte em breve para turnê na Europa-, não quer mais gravá-lo no Brasil. "Nunca disse que faria bossa nova a vida toda, mas ficou como minha formação musical", diz a intérprete, que ainda ouve Tom Jobim todo dia. Após "Verde", Nelson Ayres volta a reger, dessa vez até o final do espetáculo. Canções de Guinga e Aldir Blanc, como "Neblina e Flâmulas" e "Exasperada", estão no repertório. "Catavento e Girassol", trabalho mais recente de Leila, traz somente composições inéditas dessa dupla. "Mandei para a orquestra os arranjos originais de cordas das músicas do meu disco", diz Leila. "Eles foram feitos pelo Calandrelli, um argentino, e são a coisa que eu mais gosto nesse trabalho." Nesse espetáculo, a Jazz Sinfônica, que foi criada em 1990, inaugura seu novo piano, um modelo digital de cauda, único na América Latina, doado pela Roland. Show: Leila Pinheiro e Orquestra Jazz Sinfônica Quando: hoje, às 11h Onde: praça da Paz (parque Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, tel. 253-2331) Quanto: grátis Texto Anterior: Como era calmo nosso jardim Próximo Texto: Hoje é última chance de ver boas opções de peças Índice |
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