São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Estatal é autuada 2 vezes em 97

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CATAS ALTAS

A Vale do Rio Doce já foi autuada este ano duas vezes pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental) de Minas Gerais, nos municípios de Catas Altas e Caeté. Em ambos os casos a Vale recorreu e aguarda decisão da Justiça.
Além dessas autuações, a Vale terá de investir R$ 700 mil na serra do Rola Moça (região metropolitana de Belo Horizonte) como compensação de danos ambientais causados pela implantação do ramal ferroviário Costa Lacerda/Capitão Eduardo.
Segundo a Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente), órgão técnico do Copam, a primeira autuação ocorreu em 7 de fevereiro. O motivo foi exercício de atividade poluidora sem ter obtido licença para operar o Complexo do Fazendão, em Catas Altas.
As minas de minério de ferro em Catas Altas ficaram desativadas por cerca de sete anos. A estatal entrou com um processo para obter nova licença de exploração.
Danos
Segundo ambientalistas da Amda (Associação Mineira de Defesa do Ambiente) e da prefeitura da cidade, o abandono das minas, no entanto, causou danos irreversíveis ao meio ambiente.
Além da devastação da montanha, os córregos Coqueiro e Maquiné foram muito assoreados (diminuição da profundidade) em função do acúmulo de sólidos.
Em Caeté, onde já havia sido autuada em 96, a Vale foi autuada em 97 por poluir de curso d'água.

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