São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 1997
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Weekend's team

JUCA KFOURI

A acachapante goleada corintiana sobre o Palmeiras sem Cafu, Cléber e Viola ficará registrada para sempre.
Assim como a conquista palmeirense da primeira versão do ressuscitado Torneio Rio-São Paulo, em 1993, mesmo com um time misto contra os titulares alvinegros.
E se dêem por felizes os alviverdes porque o 1 a 1 do primeiro tempo foi um milagre, tal a superioridade do Corinthians, embora tenha havido dois (!!) pênaltis não marcados para o Palmeiras.
Por ironia, só quando entrou o lépido Edmílson no lugar do perdido Galeano o Palmeiras melhorou. E foi aí que levou quatro gols, dois generosamente entregues pela dupla Agnaldo e Wágner.
Mas o show corintiano entrará para os anais como mais uma das verdadeiramente históricas páginas da vida alvinegra apenas se, na terça-feira, o time conseguir passar às semifinais da Copa do Brasil, posição que o Palmeiras já tem assegurada.
E, se quem goleou o desfalcado rival tem futebol para desclassificar o belo Atlético-PR em sua casa, convenhamos que a tarefa é mais difícil do que foi o baile de sábado.
Baile que, por enquanto, confirma uma estranha vocação deste poderoso grupo do Parque São Jorge, um time que tem se caracterizado por brilhar nos fins de semana -27 gols em cinco "weekends" seguidos. E que, se ainda não permite dizer quem tem melhor time entre os adversários mais tradicionais de São Paulo, já possibilita afirmar que seu elenco é mais forte que o palmeirense.
*
Enfim, a CBF se mexe. Depois de calar diante dos episódios no Barradão e no Morumbi envolvendo Vitória e São Paulo (talvez porque não tenham passado ao vivo na TV), o Beira-Rio foi interditado por três jogos pelo que aconteceu na partida entre Inter e Flamengo.
Jogo que marcou a volta em rede nacional pelo menos da voz, via SBT, do agora cartola colorado Ibsen Pinheiro. Que em vez de deplorar a invasão do gramado que deveria preservar, acusou de parcial uma arbitragem que, se errou, errou exatamente ao marcar um pênalti duvidoso para o time gaúcho. Melhor teria sido ficar calado.
*
O Rio de Janeiro que estava nu agora está de luto. O futebol de Eurico Viana (monstro que junta numa só duas das figuras mais deletérias do esporte mundial) não conhece limites para a insânia.

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